quarta-feira, 30 de junho de 2010

Há muitíssimo mais…

As cicatrizes que revejo de tempos a tempos, as marcas que me fazem lembrar o que já aconteceu, por onde andei, o que venci, o que me foi dado e o que foi conquistado, o que me levou a Ti!

Metade, tinha até agora metade, tudo pela metade pois és imensidão, és luxúria, sedução, apagão das minhas dores, enchimento da minha razão, do meu abraço, da minha emoção, do turbilhão que me preenche de alegria, que me eleva, que me faz imensamente feliz!

Pelo meio, era tudo o que eu tinha, era tudo o que achava existir, era tudo o que eu achava merecer… Tudo, muito mais, inigualável, é o que me dás a cada segundo que te dás a mim… A cada gota minha que vive em ti, a cada momento que somos Nós!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Cumplicidade…

Hoje estou exausta só por causa dos teus pensamentos em mim.
Hoje estou a cada passo mais consciente da tua existência e do teu Sentir.
Hoje estou perfeitamente plena para ser parte da tua entrega.
Hoje cresci mais um pouco, hoje sou magnitude e grandiosidade!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Um dos MomentoS…

A cada banho que me preparas, a cada toque em que me secas e depois me hidratas a verdade que trazes contigo, a cada desenrolar do meu cabelo, a cada carícia perfumada com notas de almíscar e âmbar, dourado, vergados nas águas suaves, profundas que fazem deslizar os nossos corpos por entre a espuma delicada que nos amacia a pele, recosto a minha mente vazia para receber as memórias do momento e tranquila fecho os olhos para me deixar levar pela calmaria em que me deixas…

Projectamos palavras recheadas, conscientes do Presente que nos obriga a planear Futuro, deleitados numa cama que nos cobre de branco, frias as películas que nos dão um fino prazer aos sensores da existência em comum num ninho exaltado em que as vontades se fazem sentir e o mel em pó que polvilha os sentidos preenchidos pelas flores amarelas que presenteiam os toques, os arrepios e os beijos nervosos de um inspirar e expirar coeso, de uma charneira precisa que nos faz explorar, explorar, explorar…

Entre os pesos que pesam e desesperam por crescer, envolvem se as gotas livres de suor onde o odor é fresco e doce, que apenas a água pura consegue limpar, ripostando o lugar onde novos aromas vão entrando, escorrendo por cima dos poros abertos, regado pela tua epiderme que se realça na luz branca dos rasgos livres que as fachadas carregam nas frentes de um sítio que existe por ser nosso, pelos passos curtos e vigorosos que definem trilhos pequenos mas intensos, para a mistura ser refinada.

Vale o embaraço do abraço que me dás em qualquer lado, e vale as palavras em ebulição que me promovem o bater de peito aberto em que repousa todas as noites, o músculo que me deixa sentir te, onde não há normas, onde me abasteço de vida, onde me sossego e inquieto cada vez que preciso de voar, cada vez que preciso de me olhar, ver me cá dentro como se tivesse de fora, e render me a tudo o que trago comigo e a tudo o que anseio entregar te, por as tuas fundações são sólidas, sólidas como eu nunca vi…

E reflectimos sobre um verde elegante, que nos faz sentir o ar fresco do deslocar suave, da frescura das árvores que nos rodeiam, contemplando o azul quieto que se faz à nossa espera, e nós esperamos que o intervalo seja mais curto que um segundo para que o emulsionar comece e as presenças nunca sejam sentidas em falta… Toda a Vida!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Desejo me em Ti

Veste me, veste me com a nudez que desejas em mim,
Tapa me, tapa me com a vontade que tens de mim,
Roda me, roda me com a força que sabes ter por mim.

Rasga me o desejo que a roupa esconde,
Lambe me o coração que trago nas costas,
Acaricia me o prazer que tenho nas mãos,
Percorre me como o sangue nas veias.

Ouve me, ouve me quando em silêncio grito por ti,
Balouça me, balouça me o corpo em queda por ti,
Beija me, beija me num respirar fervilhado de ti.

Lava me o corpo do que foi para receber o que é,
Raspa me os músculos para o começo a sério,
Rompe me os sentidos com o apego total,
Segura me os ombros e deita te a meus pés.

Dança me, dança me como a chuva faz ao vento,
Levanta me, levanta me até ao inteiro do teu Ser,
Sente me, sente me como não existisse Amanhã.

Fervem os líquidos da vida por entre paredes abertas,
Cresce a voracidade de ambos que vive num todo,
Arrepiam se as peles que se juntam em engrenagem,
Deleitam se as vontades certas de um momento único.

Único dos muitos únicos que surgiram na intensidade do
olfacto de quem sabe Desejar, Amar, Vivenciar e Acreditar…

terça-feira, 22 de junho de 2010

Entrando Assim...

Porque me enches de carinho genuíno como se eu fosse só à face da Terra?
Porque sou eu tão Diferente e Especial para Ti?
Porque não tens medo dos meus receios?
Porque é que estás sempre presente, sempre atento a tudo o que Sou?
Porque é tão importante tudo o que quero, ao nada que preciso de Ti?
Porque já és Tu apenas e só Meu?

Porque me penteias os cabelos como os dedos à sombra do Mar sem fundo?
Porque me olhas como eu sou, como ninguém conseguiu fazer antes?
Porque me hidratas a pele como o melhor que trazes no Cardíaco que treme?
Porque te dedicas a Mim como um Presente dos Deuses que me Protegem?
Porque queres Ser Meu quando já te rendeste aos meus braços?
Porque já não desejas continuar sem que esteja por perto?

Assim consigo perceber as diferenças de um sentimento maduro, sólido.
Assim entendo a dimensão de alguém completo, consciente, presente.
Assim absorvo tudo o que me queres fazer viver em Pleno.
Assim e sem questões mesquinhas percebo o que é Amar de Verdade.
Assim sei o que é não ter barreiras, nem fronteiras, nem distâncias.
Assim continuarei a acreditar que não há obstáculos quando se Ama.

Pensei que já não tinha direito a Viver mais!
Achei que tinha terminado as chances de Ser Feliz!
Pensei que o mundo tinha atingido o seu Limite comigo!
Achei que tinha que ter uma oportunidade, não me via tão merecedora assim!
Pensei em Ti, o Complemento, o Sentido mas não sabia que Existias!
Achei bem, porque estás agora completamente entregue apenas ao que Sou!

Assim continuarei em frente, completa mas agora ao Teu Lado.
Assim venço os meus receios e entrego te a minha profunda Essência.
Assim percebi que mereço mais, integralmente Melhor.
Assim vejo que tudo o que tive até agora era metade.
Assim deixo me dançar nos teus braços para a cumplicidade ser Maior.
Assim deixo este Amor crescer sem Fim.

E entendo agora as loucuras que se conseguem fazer por Amar, simplesmente Amar com tudo o que somos e não somos, com tudo o que é relevante, com tudo o que tem importância e não têm, com tudo o que é ultrapassado por me Amares Assim… Infinitamente!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Deixo-me em Ti e Agradeço.

Sem respostas, sem vénias, sem medos, sem dor, questionei, e deixei me vestir pela única verdade que arremata as opções de se ser e não ser, foi tão vazio, onde a voz já não me faz ansiar nada, onde as palavras são ocas e inúteis, onde nada se avista justo, pelo contrário, já nem me virei de frente, mantive me de costas, fechei as portas e caminhei para outros abraços, para o aconchego do rolar rápido das rodas seguras sobre uma estrada branca que subia e descia, que se retia e desprendia em flashes de luz forte, entre indicações divinas que nos levou ao mar aberto e à música batente no peito, às palavras atentas, aos mundos diferentes e tão iguais.

Espinhosa a memória mas já não é importante, já não me trava o mundo, as verdades ou as incertezas, que passaram a ser certezas, fontes abertas daquilo que não quero mais para mim, já não te quero, já não ouço na tua voz os sons que me cativavam e sim, fui sempre feliz, e sim, fui sempre mais e serei sempre melhor, sim, mereço um exclusivo de corpo e alma, notado pela diferença de ser e agir, que não saiba o que é o medo de amar, o medo de desejar incondicionalmente, o medo de me admirar sem tréguas, o querer desenfreadamente, sem que a mentira passe pela boca, onde dar os 1000000% seja sempre o valor mínimo, onde somos só um!

Deixo assim e aqui o meu profundo agradecimento ao empenho, a tua mão na minha, a tua corda à volta da minha cintura, o banho que me deste às entranhas que a mentira sujou, a dança que me concedeste, o carinho que me despertou e me afaga cuidadosamente, os beijos quentes e frios que me enaltecem o Corpo, o Espírito, a Pele, a Alma, tranquilizam me como uma doce anestesia de flores em campo verdejante onde me confundo com o Céu, onde me deito nas nuvens, e viajo no vento a caminho de tudo o que me queres dar sem pedir nada em troca, sem me impores regras, consciente de que a minha Adoração por ti existe e nada a pode distrair do meu caminho até ti.

Fazes a felicidade parecer mínima ao lado da imensidão que me dás, fazes me sentir que não mereço tanto, tanto mas tanto do que me dás e me queres dar, assim sinto me a navegar num mar de mel límpido, de algodão doce e chocolate quente, nos braços de quem nunca imaginei ser transcendentemente, inimaginável completa, venerada pelos mais sólidos momentos e princípios, guardada como um pedra preciosa dentro de um cofre transparente, translúcido que me deixa sair e entrar quando eu bem entender, sabendo sempre que posso pousar nos teus troncos fortes, expectantes por mim, desejosos dos meus pés quando decido descansar as asas…

Assim como os teus troncos ligados ao corpo forte, enraizado na verdade da terra do teu amor por mim, e que estarão sempre para mim, dentro de um abraço delicioso, estarei eu também inteira, todos os dias para me deitar nos teus braços, me embalar na tua Essência, e dormir protegida dentro de uma Beleza inconfundível, dentro de algo tão genuíno que pensava só existir em mim.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Nunca vou caindo… Caio

Não me vou desvendar porque nem eu sei como fazê-lo, aos meus olhos, nem imagino como fazer, aos olhos dos outros tão pouco, compreender por não compreender o que não tem entendimento dentro da argola que simplesmente não me define, não me baliza, tão pouco me questiona, não me dá tréguas, o mais singelo pensamento que tenho até acerca de uma formiga que na passadiço me come os pés com tamanha fúria por a ter privado do seu espaço e me agride novamente empoleirada no que me obriga a novo passo.

Flutuo por entre as emoções de tudo e de todos e tento perceber o que nunca senti para conseguir fazer uma avaliação justa do que me rodeia, para não ser fútil, para não passar ao lado de tantas emoções relevantes, altivas, decompostas por milhões de gestos, olhares e toques de água que me lavam a memória cada vez que olho para uma nova vida, um novo mundo, um novo crescimento de ideias e criação imediata da reinvenção das formas específicas de viver mais, melhor, em pleno.

Não tenho recaídas, simplesmente caio redondamente ou levanto me majestosamente como um bater de asas que me devolve a liberdade dos céus, dos mundos, dos mares e das marés, das vezes da lua, do poder do sol, da harmonia de andar por entre o que me apetecer e exaustivamente, usar as palavras que me deitam sobre as suas maneiras e me levam sobre a brisa estreita dos canais abertos que se encontram por qualquer sitio em que eu deseje entrar, em que eu deseje ficar.

Nunca recaio, apenas caio, e depois de reconhecer e respirar o solo, a terra macia que me rebate, empurra e aleija, levanto me, levanto me sempre, abro as asas e bato com todo o fio de força que fica sempre em mim, para de seguida conseguir voar, cruzar os azuis, brancos e amarelos para me encher de Vida, para me repristinar, para viver ainda mais, para crescer sem limite, para questionar em todas as direcções, para respirar, para sentir, para perceber que existem cada vez mais mundos a explorar...

E por isso eu nunca recaio apenas caio, levanto me e depois não uso mais as pernas, só as asas e voo sobre o melhor do Mundo!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Tudo…

Relembro me num mundo perfeito de luz e embalo, onde era cuidada com uma pérola, protegida a diamante, relembro me da carícia que me vestia todos os dias e do despertar atencioso e sublime de todos os certos minutos.

Deito me sobre as memórias que se levedam no meu pensamento e não me deixam esquecer de quem és e do que te tornaste, serena, desperta, acredito no dia de amanhã, no que o teu cardíaco regista a todos os instantes.

Sinto te, choro as tuas lágrimas, marco cada momento da tua covardia, e vejo futuramente a tua presença física constante, desesperada por me alcançar, conquistadora, empenhada ainda mais e muito mais do que era antes.

Rendido e arrastado pelas vontades dos outros, fazes tudo para um dia eu me olhar para ti, com a certeza que estiveste sempre a olhar por mim, sou a tua fonte, sou o teu equilíbrio e tudo é feito em prol do que represento, do que sou exclusivamente para ti.

Quanto mais inundado te encontras mais me valorizas, mais te peso, mais sou importante e diferente de tudo, mais relevo tenho nos teus passos, nos teus objectivos, no teu caminho construído com esforço para me orgulhar de ti.

Tudo muda, menos o que sentes por mim, tudo é estranho menos eu em ti, tudo queres mas nada faz sentido sem mim, tudo anda mas tudo pára se não estou, apenas sou o que sempre fui para ti, TUDO!

E TUDO, É MESMO TUDO!!!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Caminhos Cruzados…

Mais um marco determinante, mais uma etapa ultrapassada, mais uma grande lição vivida e apreendida no mais fundo do que sou, isto porque já ajudo quem por elas passam agora, neste momento, tudo passa, tudo acaba por ter outro nível de importância, tudo fica relevante quando se faz ser relevante, tudo é mais quando trabalha para merecer esse mais, e quando assim não é, acaba por se perder por entre os tempos.

Os sentimentos, novos sentimentos florescem e brilham com um valor realmente significativo, novos carinhos e atenções se constroem, e o cuidado é tanto aliado a um respeito e admiração tal, que é só o que é necessário, surpreendente, o quanto podemos ser realmente importantes para alguém só pelo que somos, defendemos e acreditamos, impressionante como é sincero e original o amor e amizade demonstrada.

E a força que nos transmite, a vontade de estar por perto, o desejo tranquilo de simplesmente desfrutarmos da companhia de alguém que nos faz bem e vice-versa.

Existem caminhos cruzados fantásticos e que no Futuro acabam por dar frutos finos!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Pó Não me Assenta…

Desesperada como se uma carga estivesse suspensa em cima do meu corpo e a qualquer hora pudesse cair, peso que não é meu, angústia sufocante, rasgante dos males que já não partilho, das bocas que já não vejo mexer por mim, tiro a roupa, liberto o corpo, vendo a alma se preciso for, para parar de sentir este desassossego aspirante a espiritual, mais ansioso que eu.

Lavo os dentes com a língua seca das palavras más, que furam o coração, queimo os blocos frios de palavras quentes e letras ásperas, difusas, ocas, amaciadas por um ar mínimo, que não me deixa respirar pelas transparências que me separam do movimento, da energia que tento controlar a todo o custo na ânsia de sair, na ânsia de viver.

Quero tudo, quero mais, quero pegar no Mundo, bebê-lo de uma vez só, vivê-lo por todos, voar no embaraço das quedas que darei e na vitória de colocar as mãos no chão para me levantar constantemente na aprendizagem louca, embalada pela necessidade de saber sobre tudo, no medo de estar aqui a perder, no receio de não ouvir, na tristeza de não sentir, no ter que viver, no ter que ser livre.

Quero sobre as minhas mãos a areia que se deixa cair, a água que se deixa lavar, a seda que me acalma a pele e presenteia os sentidos, sou gigante, sou maior que as serras, montanhas ou vales, estou deitada sobre o universo, desejoso de mim e eu dele, transpiro por ser, transpiro por querer, transpiro por conseguir, transpiro por existir, transpiro por balançar, transpiro por atingir.

Preciso de tudo, preciso das ruas, das casas, das pessoas, do conhecimento, das verdades, até das mentiras, preciso de olhar, preciso de me conduzir até onde eu quiser, preciso de me vender e comprar, preciso de experienciar, preciso de tudo a meus pés, preciso de tudo em mim, tenho tudo isso e muito mais, e vivo aqui, esquecida do que tenho, do que posso sentir.

Desespero, corto a pele, firo a carne, finco as unhas na vida e ela em mim, mas não desisto, mas não me perco, mas não me venço pelos buracos que encontrar, porque deito a âncora, solto as amarras, espeto as estacas na terra firme e vou em frente, rebolo, agito-me, baralho-me, rectifico-me, contorno-me, deleito-me, lavo-me, emirjo, aqueço-me, seco-me, deixo os cabelos ao lado.

Sou Mulher, das poucas em que o pó não consegue assentar!

Conquistas… Desejos… Vontades…

Numa volta redonda de um olhar sem ver, numa mão aberta de medos e feridas, onde o sonho já não existe, a ilusão tão pouco, o encaminhamento faz-se bem ao lado, bem indiferente da existência de quem um dia foi importante, muito acima do valor que alguém nunca conquistou, muito longe de quem é insignificante, muito esquecido do que se foi um dia, muito perdido das razões merecidas, ancoradas num peito doce.

Desperto para outros sentidos, fazem-me olhar para outros lados, a atenção reclama muito alto a minha pessoa, as qualidades como um beber de inteligência falam comigo num desespero de me atirarem para outros horizontes, para outros milhões de braços presentes, para outras dimensões cheias de realização, realização, caminhos feitos a alto vapor do poder de querer, do poder de crescer…

Não estou, já não estou no mesmo patamar, já não existe processo, já não existe nada para esquecer nem perdoar, já nada merece o meu entendimento, o meu debruçar de cuidados para ajudar a outra parte, já não existe intenção ou sentimento verde, já não me completo com tão pouco, com o vulgar e inerte de uma situação que o tempo já fechou mas alguém ainda julga aberta.

Noção, invalidez, descrédito, insegurança que não suporto, não acarreto e não me deixo levar, palidez de meios, crença falsa debruada a mentiras e covardia, paragens, insultos, saloios de mente, que se fazem acompanhar por entre as horas, como apenas a companhia de um ser existisse, mentes tortas, tacanhos de espírito, gente medrosa e apagada, gente do chão, como fruta podre.

Os meus passos são longe de tudo isso, nas emoções limpas, os resíduos já foram retirados e bem fechados, numa embalagem de titânio, com rolha de emancipação, desejo de evolução, perfeito trilho das memórias, exemplo exemplar de construir, de petrificar vontades, de empedrar conquistas, de massificar gerações, de intervir na perfeita perfeição da minha loucura de ser Melhor.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Árvore de Nós nos Pés da Raiz do Ser!

Gosto de pés e adoro árvores, vi este título, escrito na frente de alguém, achei que podia escrever milhões de frases comparativas com estes dois elementos, e achei bem, porque as árvores são como as pessoas mas com a diferença que quando derrubadas dificilmente se erguem de novo enquanto as pessoas quase sempre se levantam, mais fortes, mais conscientes e mais texturadas.

É no embalar das suas copas, na densidade das suas folhas, no refúgio que dão a tantos que se estendem de abraços e carícias soltas, de bondade caracterizada, de delicadeza de seda lisa, de emancipação permanente, de crescimentos constantes, com o único objectivo de chegar aos céus, tocar nas nuvens, fazer cócegas ao sol.

Em ventos fortes, perturbadas pela agressividade, pelo desassossego do momento, a inércia não faz parte e a força é constante para que o regresso ao sossego seja rápido, têm que ser rápido para que nada fique abalado, nada fique frágil, embora as terras se deitem aos pés da tolerância calculada pela Natureza.

Fundo, bem fundo perfuram a Terra com delicadeza, como uma dança de sedução e criação, cada vez mais fundo ficam garantidas as presas que alimentam os ramos, ficam deliciadas as folhas verdes e leves que se regam ao sol e à chuva, e bebem do castanho, escuro, denso, nutritivo o desejo de trazer mais a si mesma.

Mas as árvores deitam sementes, leva-as o vento, proliferam por entre as ervas quentes e tenras, e novas árvores germinam, braços abertos, folhas, bebés que alegres bebem os líquidos preciosos que o Mundo lhes dá, generoso antes que algo de agitado aconteça, antes que ainda frágeis encontrem a força que os pode destruir.

Ambiente sereno, pés no chão macio e natural, ansiedade de paz, harmonia dos nervos, pele quente, ardente em membrana transparente de elos de aço, guias caídas, soltas e livres, abafo dos teus braços, chega te a mim, devagar, delicado, cuidado, sou de diamante refinado, sou de milhões de pontos de luz feita, sou o teu chão.

E só no cimo da árvore gigante que existe em ti consegues ver os meus pés marcados na tua terra sólida do deserto que és, quando por perto não estou.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Cada vez mais vivo!

É na profundidade dos olhos que me conhecem tão bem que me afundo nas talas pretas e macias que me seguram fortemente a vontade de te acariciar, de te dizer que não faz mal, o que já foi, já passou mas só porque o orgulho fala mais alto do outro lado mas as lágrimas inundam te o rosto, só por isso deixo-te perseguir a verdade da tua mente até ao momento em que esgotado regressarás ao meu colo.

Coberta, pela sinceridade do teu olhar que em momento algum se desprendeu do meu, como se a tua loucura tivesse remédio em mim, ouvi as minhas palavras por entre as tuas que sucumbiram à pouca verdade que os dentes deixaram passar, desperto para a exclusividade que não tens, quando sabes que a cada minuto estás a ser vencido por outros, outros mais constantes, outros mais conscientes do meu brilho único.

Mas só por me sentir rasgada, na pele e na alma, e só porque me isolei do mal tão depressa quanto pude, e só porque me deitei todas as vezes que foram precisas para ser ouvida e esvaziar as dores das feridas queimadas e não identificadas, e só porque pensei em mim muito antes de ter pensado em nós e só porque a minha dor era igual à tua e embora a tua seja maior hoje, a minha já foi enorme ontem.

Preciosismo que te cai da alma que não se consegue fechar para mim, que te conheço tão bem, e é entre os intervalos do teu rosto, misturado com a ansiedade de me beijares, de me segurares pela cintura e dizeres que me Amas, ao ponto de não existir palavras competentes para descrever o que vive em ti todos os dias em que me respiras desesperadamente, em que a tua memória é vencida pela saudade.

Percebo que não te sintas digno, brilhante, absoluto, porque realmente não o és, mas percebo a vontade que a porta se abra de novo para tu entrares no meu Mundo, entendo o receio nas tuas palavras quando mentes sobre o que sentes, fingindo que estás no caminho oposto, quando que todas as voltas que dás, vêm parar a mim, a nós, porque embora penses que consegues, vais perceber em breve que nunca se consegue apagar um Amor Enorme, Cúmplice, Verdadeiro, Único.

E por sentir o que emanas todos os segundos para mim que me deixo viver tranquila sem desespero, sem dor, sem ansiedade, sem medo, sem dúvidas, sem julgamentos, sem hesitações, porque tudo o que tu fazes é por mim, porque tu o que dizes é por nós e tudo o que tentas enganar é apenas aos outros, porque sabes tão bem quem somos, somos o que te irá fazer sempre feliz, melhor, completo, realizado, inteiro em todos os sentidos!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

SeriaS Meu… Não quero!

Requinte de um silêncio profundo inalado do que prevejo acontecer, surdo, absoluto, escudo da luz da vela que nos perpétua, palavras disparadas pela sensualidade que nos saí pelos poros limpos, pela verdade que só os nossos olhares fundos ditam, segredam baixinho ao ouvido das letras quietas e sóbrias em que te agarras para ficares cada vez mais perto de mim.


Bluff do desejo que transpira, respeito por mim, por todos, espicaço o que de mais inteligente tenho para te fazer andar, para te fazer evoluir, e tu dás-te a mim de bandeja, de forma fácil, de forma desprendida pelo que carregas, sobes ao capitel dos teus sonhos atiras-te a meus braços como se fosses livre, como se não fosses um perdido pela ilusão que te dou todos os dias.


Polarizo-te com as minhas verdades, com a minha frontalidade, com a minha lealdade a mim mesma, e embora saibas que não me vendo, que não beberás nada de mim, continuas desesperado apenas por uma gota do meu sangue, da minha pele, da minha vida que te ofusca e regra, que te mostra as mãos apertas, e te fecha o caminho.

Renego te, mas ramifico te na minha teia de ideias fixas que não te faz mudar um centímetro para eu ver mas faz toda a diferença para quem te irá ver no Futuro, oleio tudo muito bem oleado, preparo te para algo mais selectivo, para algo mais honesto, onde apenas te lembras de te enaltecer a ti para em consequência, enaltecer os outros.

Cairel que deseja enlaçar-se por entre as minhas pernas, cercadura na minha cintura, matizar de medos, trecho da música que te dou, canelada forte que te deixa marcas sucessivas no ego, nó no pensamento esquizofrénico que me deixa vencer te milhões de vezes, a loucura da frontalidade do rodeio interno de uma verdade imensa e exagerada.

Infantilidade, imaturidade, inconsequente desejo que fala ainda mais alto do que o próprio corpo, esgota te, faz te sangrar por dentro e por fora e eu beberei todo aquele que perderes, porque me alimenta, porque me faz crescer, porque me torna mais forte, porque me coloca no cume de Ti.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O Último Minuto do Meu Dia…

Maquilhada pelas lágrimas que madrugada a dentro, cedo me escorregaram e lamberam as mãos, senti que não seria um dia feliz, dormida, pesada e nada descansada, abri os olhos numa manhã de sol terno e afável, recolhida por um abraço materno que conhece a minha dor talvez melhor que eu mesma, achei que não podia continuar a rotina de forma nenhuma.

Conduzida pelo caminho aos destinos, a primeira espera foi longa mas cuidadosa, fiz o caminho mais longo, porque o tempo sobrava e era me cúmplice, passos fortes e despachados deixaram me o odor no corpo do que me tinha esquecido de fazer e embora chegada ao pretendido, o objectivo ficou pendente nesta etapa e aguarda a minha volta em breve.

Deitada no verde-escuro da minha alma, sinto as energias fluírem pelo meu corpo como intervalos de cura e desapego anunciando o sossego, a harmonia, a calma e a paz que tanto tenho lutado para conseguir.

Vejo me rodeada de focos de luz limpa e sem precedentes que giram e descrevem formas incandescentes, bolhas de protecção para mim e para quem eu amo, existe um corte que me descansa momentaneamente e me faz ser ressonante e não me negar tanto.

Mas são as voltas em que se procura lugar para não ficar fechado num sítio que não é nosso que traz as gargalhadas e traça novo destino… água, muita água, sabores e cheiros, vinho de cor esmeralda que nos liberta e desperta para o melhor que a vida tem e perfura as capas e lança a boa disposição, as gargalhadas, a conversa séria que inala inteligência e se prende ao desafio.

Passo após passo, o frio faz a demanda, as letras acompanham nos lado a lado no chão negro que recebe o branco forte das palavras sem lhe dedicar muita atenção no primeiro trilho.

Mas há mais branco, o branco das mesas, das cadeiras, das toalhas, das paredes fatiadas e vergadas ao reflexo do vidro que nos separa das dragas, dos pequenos barcos alegrados por minúsculas luzes e pelas chávenas abertas para o líquido do bule estilizado que as faz úteis.

E as palavras surgem sem esforço, a conversa do pai, da mãe, do irmão, da infância é inevitável faz parte de todos.

E no último minuto do meu dia que nunca antes tinha sido passado distante desta casa, uma voz a solo canta para mim o que nunca gostei de ouvir de tantos ao mesmo tempo e assim é vinculado o momento com o sobro de coração sobre a vela que ilumina cada lugar de branco.

Este é realmente um ano de mudanças… Parabéns a mim, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de Vida!

Um momento para sempre…

Despi me de mim mesma, como se a pele precisasse sair também, fui queimada, pisada, lambida, rasgada, esquecida para o fundo da memória eterna onde fui o último Ser a quem fizeste feliz.

Testar, apenas seria necessário testar as más pessoas e assim separar as melhores das menos boas mas também para esse passo teria sido preciso um pouco de maturidade, coragem e amor…

Amor que te reina e viverá para sempre em ti, as lágrimas não te largam e a vontade de voltar a trás não te deixará de assombrar mas era a mim que tinhas de defender, era a mim que tinhas que perguntar, era a mim que tinhas que respeitar, era a mim que as tuas palavras tinham de chegar…

E em momento algum tinha que ser perdida e em todos os momentos, tu tinhas a obrigação de me procurar e não achar que também isso, teria que fazer por ti.

Não, agora e para sempre, sejam em que moldes, forem a tua vida, acredita, serás sempre tu que me irás encontrar em todos os lugares, sítios e recantos de ti e da tua infinita memória de mim, em ti, em nós.

E imperfeita que sou, não deixarei, em instante algum que caias no falso alarme de não me olhares profundamente e me veres perfeita como sempre fui e serei para ti.

E assim carrego comigo a certeza inabalável do mais íntimo de ti, e face aos meus medos e aos Deuses que os governam dentro da minha essência, acredito numa só força capaz de mover um coração paralisado e fechado para si mesmo.

A cada dia que me vi em limite de vida, baleada por todo o lado, cansada, longe, fustigada, sangrando cada vez mais e mais, vergada mas não partida pela maldade dos outros e contra a qual tive que lutar permanentemente sozinha, o que me fez maior mal foi teres duvidado e esquecido de quem sou, o que fiz numa constância mais que presente e na altura que deverias ter estado a meu lado, nós fomos perdidos dentro de ti por motivos vãos e que te cortam por dentro a todos os segundos.

Mas erguida, vejo agora de cima, do topo de ti e percebo também a dimensão das tuas feridas, dos rasgos que te foram feitos, pelas palavras e pelos actos que te corroem, e que te leva a não olhar no espelho que já não guarda uma boa e bela imagem.

Apagado, rotineiro, acomodado, esquecido… É o que és sem nós!

Mas a energia em que te devolvo todos os dias, é a maior força que nos gere e compensa, fazendo o equilíbrio constante entre o certo e errado, e é dentro dela que me aconchego todos os tempos que tenho para ti, e será ela que te irá sarar e tornar tudo melhor.

Acredito que tudo é possível dentro de um desejo de Bem intocável e único.

O Amor é a Maior Força de Todas.

Conheci em tempos uma pessoa que se deixou levar pela vontade de atingir os seus limites em prol do amor, conhecia de uma forma esperada e compreendida e percebi que não só eu a conseguia compreender como apenas outro amigo.

Juntos e pelo que a Vida nos reservou percebemos a dor daquela pessoa pois nunca fizemos julgamentos sobre os seus actos face à prova implacável que tinha sido exposta.

Tudo muito confuso, injusto, mau, covarde prendia aquela pessoa a um dilema sem fim, entre projecções de palavras falsas e vontades desejadas mas nela apenas ficou o melhor.

No fim de todo o mal, do todo o cansaço, de toda a privação, de toda a mentira e covardia, colocando tudo em causa, até mesmo a sua existência face aos fracos, ela conseguiu ficar apenas com a parte que valia a pena, o amor que sente!

Não se acovardou, disse tudo o que sentia e lutou até ao fim de cabeça erguida, esquecida do que representa, apavorada por ter que começar tudo de novo, enfrentou a desilusão como talvez nunca o tivesse feito antes e acredita até hoje no melhor que alguém tem para dar.

Podemos falar, errar, pensar que é assim ou assado mas se o amor que é a maior e melhor força de todas for verdadeiro, só ele fica, só ele emerge da mágoa, da dor, da desilusão, das palavras más e pesadas, da falta do sorriso de sempre… só ele ficará vivo e batendo como um coração descompassado e feliz, só ele sobrevive a tudo, só o amor ficará…

E é esse o sentimento que todos devemos guardar no fim de tudo, por é ele que nos move… o amor por ti, por mim, pela família, pelos verdadeiros amigos, pelos nossos afazeres, pelos nossos objectivos, pela nossa luta… O Amor é o maior sobrevivente nesta vida.

Mas para um grande amor não há limites, apenas desejo de ser e fazer melhor mesmo errando, para o amor não existem barreiras, apenas formas de ficar ainda mais forte e estruturado, para o amor que não abandona a paixão mas é senhor de si, consciente da sua entrega e da sua vontade constante de se fazer amar, apenas existe quem amar.

Não há amigos, família, outras mulheres ou homens que o retirem do seu caminho, influências esmagadoras das quais consciente sabe não valerem nada, porque no fim só ele ficará à tona, respirando e elogiando o seu maior e absoluto conforto de Ser, de ser apenas o Amor!

Nunca irá Ser…

A ansiedade das tuas palavras lava me o coração como areia grossa sobre um ferro cheio de ferrugem, desencasca me das crostas das feridas de morte que há pouco tempo ainda sangravam, bênção, comprometido por um amor maior que vive entre as nuvens e ar pesado que todos os dias, à mesma hora, baixa sobre ti como uma luz maior do Ser genuíno que És.


Mas é fulminante no meu pensamento, magneticamente de uma constante deslumbrante onde a beleza não existe apenas o desafio das palavras, a rapidez dos pensamentos, é desmembrante de novas palavras, de novos desejos, de ajustes directos, de verdades fortes, de vontades escondidas por entre os dedos e os cabelos molhados pelas ondas do Mar!


Só uma bússola suspensa e vazia determina o caminho traçado nas águas azuis e verdes, águas atentas aos movimentos suaves, subtis, perdidos por entre as pessoas insignificantes, marcas secas e brilhantes de seres magnificamente lentos, deslumbrantemente em paz, carregando no dorso o peso esquecido de uma vida curta, regada, orvalhada de outros destinos cruéis.


Dentro de um escabroso esboço de verdades que estampa a loucura do que todos somos comprimidos numa caixa de bainhas aguçadas, peculiar cratera, de laivos ovais, oleados pelas horas de delírio lunar de uma artéria a pulsar num pescoço de chamada permanente de ti, hipnotizada pelas desigualdades eclípticas de asas de ouro dos mitos da língua.


Nem o cume das tuas entranhas, o adorno dos teus ombros que me galanteiam, nem o útero que te revestiu da película da vida, nem a transparência que se segregou numa fé perdida pelo ofuscar do que sou, nem isso, faz tirar da tua mente a minha epiderme quente por entre as lajes que nos separam.


A uma polegada dos meus olhos, no equador do que represento em vida e em morte, de pauta em pauta, de nota em nota, danço sobre a chuva fina, tenra, gradual, metódica, numa rotação que os teus olhos adoram, que os teus pulsos ardem por ter, na extensão de pele, no ardor do momento que nunca existirá.