sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Complicados

Resultado desesperado das acções complicadas das mentes desalinhadas, do medo premente, da ansiedade que traz carga que traz o desfalecer dos limites imperativos, da vontade de alguém singular, do entreter de pensamentos vazios, de desejos absolutos.

Será tudo uma verdade, será tudo uma falsa mentira?!

Das mãos de toques, pequenas na ajuda centrada no desejo singelo de um medo existente, camuflado, ansioso de águas mais profundas, de compatibilidades impossíveis, de cortes não existentes, de presenças aparentemente calmas, na cumplicidade de olhares e sentenças.

Será que não se morre ou apenas se perde a morte para ganhar a vida?!

Não, é o que sentimos mas o que nos fazem sentir, não é o que trazemos mas o que nos trazem até nós, o que é mais forte do que o peito comporta, e entre portas, janelas, vidros, gritos e desenhos no orvalho, na ponta de um dedo de uma criança que só desenha a alma de quem vê para além de um limite traçado por aqueles que só trilham o que já foi trilhado

Será que não existimos ou apenas somos invisíveis para muitos?

E no relance habitual do brilho atento conferido, desejoso, preso à essência de um só sentido de ser e de existir, travo os dedos, vejo o enlace, o brilho nos olhos observantes, absorventes, intensos de algo nunca mais vivido no desespero, agora será vivido na calmaria das ondas de corpos plenos, fossilizados pela verdade assente no fundo de um copo de precioso líquido.