sexta-feira, 2 de julho de 2010

Rejeitar mas não Privar…

Entrei na casca de noz, abri as pétalas de sentir para receber o cheiro do vento que me leva de certo aos sabores que tenho que saborear, ao frio que me despe o corpo e me faz olhar para ti, bate me a maresia, e o desejo de me lavar em água e sal frescos, no verde-escuro e limpo, onde não te quero lançar para fora das minhas vontades.

Aos meus corais, abro as pratas do meu mar, complexo das verdades que assumo, não podem ser perturbados, nem cansados apenas acariciados pela doçura desesperada dos teus olhos e pelo que o magnetismo transita para o enigmático que te faz mergulhar profundamente nas minhas marés.

Rejeito os teus beijos, as tuas vontades, os teus impulsos, mas não me esqueço onde os deixei, não me esqueço de ser inteligente, e quando eu mandar no meu impulso, e quando as minhas tréguas se abrirem, irei buscar tudo o que me desejas dar, tudo o que anseias viver permanentemente.

O tempo, o tempo cansa me quando tenho tempo para ter tempo, não quero ter tempo, não preciso de tempo quando o tempo não te têm e não te traz a mim, consciente, baralhado dentro da tua adoração, dentro do brilhos que as esferas carregam, quando tudo se fecha para regressar na postura seguinte.

Quebras, quebras para encontrar de novo o caminho para a sedução nas palavras, quando a presença não é assim tão relevante, quando a evolução se mexe por entre as frases, por entre as provocações, por entre as músicas recolhidas que nos embalam os pensamentos criativos de dobrar este cabo, que não têm tormentas apenas mergulhos sóbrios!

E assim vou fazendo todas as vontades a que me proponho e emulsiono te com a minha saliva a cada beijo rejeitado que me torna cada vez mais asperamente macia!