sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Jaula

Se a magia pousasse na ponta dos meus dedos, poderia dizer que fazia desaparecer tudo o que me deixa triste, sem luz, apagaria tudo o que grita ao meu redor, apagaria este lugar do mapa da minha existência, e acabava com a possibilidade de alguém se lembrar dele alguma vez que fosse.
Rasgava os loucos em milhares de pedaços de papel esgueirado em sangue, vencia com as lágrimas a saudade que tenho do sossego e caminhava com orgulho de ter terminado com a estúpida existência da estupidez que embora não seja contagioso, é esgotante, e da qual, tanto me tento esquivar.

Tocava levemente em mim, acordava me para um Mundo que me espera, ansioso de que a minha coragem cresça, para que as minhas amarras de vento e as minhas raízes de água se movam em direcção aos céus, e sem nunca olhar para trás, jurar que não voltarei mais aqui.

Nesse instante serei magia por inteiro, por completo, sentirei a Alma a transportar o Corpo para um Paraíso de Perfeição, de Silêncio, de inicio de vida, da vida que me quer, me chama todos os dias, a todos os momentos da minha existência perfurada de certezas absolutas, calibrada de realização e sucesso debruçado sobre os meus muros de amor.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Espaço = Sem Limite

Abri as asas mas antes, deslumbrei me em nuances abertas dos desejos e dos sonhos que vou ver realizados, ao pentear as minhas penas, penas libertas e repletas de espaço onde a felicidade de desdobra e vence me o coração em saltos gigantes, onde me deita numa paz esquecida mas quente, onde as lágrimas já não chegam mais.
Olhei o céu, o mesmo que te trouxe até mim, o mesmo que me leva para onde eu quero e preciso, abraçar te, ver te a meus pés, preciso de passar para o outro lado, mesmo que seja dentro de um amarrar de cordas ásperas, soltas e presas por um segundo de uma lente aberta mas distante.

De penas brilhantes, de chapéu aveludado, as luvas não fazem sentido porque as minhas asas já estão prontas, os ventos receosos por me receber, o sol desperto e atento à velocidade da minha determinação, resta me caminhar cada vez mais depressa neste campo de espaço ondulado pelas memórias da vida que me espera.

Rasgo a terra que me segura os pés para que num segundo, num instante, as minhas vozes se ouçam bem lá no alto, para que o meu instinto cresça em virtude, em ardor, em desejo impaciente pelo espaço, que dentro da liberdade se instalou, onde mora, de onde já não deixará de habitar fazendo ganhar a todo o momento a Felicidade.

A sede não passará, o espaço será sempre maior, a liberdade cada vez mais presente, forte, corajosa e atrevida, a Felicidade, essa precisa apenas de Mim!