sexta-feira, 16 de julho de 2010

Loucuras Prementes

As palavras são galopantes do vício que temos de as beber, não há entre nós dúvidas, questões ambíguas, apenas a verdade dura e pura, crua, não há hipocrisia, não existe motivo para mentira, entrasse de forma tranquila em estado de doce loucura.

No meio do doce, derramasse a loucura, disparam os músculos que nos fazem correr, simular a pressa, correr as estradas a fim de um encontro, deixar para trás o que nos mata, e viver livre a verdade única do que se pode sentir, do que se pode ganhar pela loucura simples.

O calor aumenta, enrola se o corpo na pele intacta, perdura o sol morno no desejo de arear os pés, por entre goles de amêndoas laminadas, ornamentadas a mel, decoradas por um vinho de tango sem igual, numa dança original, no remeter de ânsias e impulsos.

O riso aberto, desperto, os verdes, as bolas maduras, os chapéus que nos iluminam o rosto e nos deixam presos a um olhar pretendido, os passos lado a lado, um controle exacto da senha que nos faz esperar sem desesperar, não vim fazer nada, vim apenas contigo.

A rodar devagar, o sol recorta me os olhos, intensifica lhe a cor e o medo aumenta mas não te faz recuar, faz te andar, cada vez mais rápido, cada vez mais exacto, cada vez mais cuidado, cada vez mais atento, cada vez mais intenso, cada vez mais vivo.

Vamos trilhar o caminho para o Infinito, vamos viver entre especiarias, tecidos coloridos, essências poderosas, liberdades absolutas, belezas incomparáveis, desertos apaziguadores, peles quentes, vamos aprender a Viver…

terça-feira, 13 de julho de 2010

Não Me Dou...

Hoje deleito na calmaria que os teus passos me trouxeram, no controlo que trazes nos olhos, no medo de perder o que ainda não conquistaste, e quanto mais fundo, quanto mais perto me cheiras, quanto mais sede te mato, enquanto tudo acontece, mais puro vais ficando para mim.

E nas estradas que fazemos cruzar por entre a multidão que não pára de passar, vamos fazendo voar palavras e olhares teimosos de fixar, onde a sinceridade é dura, desperta, rasgada nos assentos separados pela faixa negra picada das pedras soltas, desequilibradas e leves.

Hoje sinto um peso absoluto, excitação ténue de verdade e de liberdade, de mensuráveis anseios que não se percebe onde começam e acabam, até quando, as rédeas do impulso, do ferver do sangue à flor da pele, o calor que aquece a separação do que nunca foi unido.

O abrandar das inquietações, preocupam me, não desejo perder a montanha russa de emoções que disputo contigo todos os dias, não quero perder o enlace das palavras ardentes, do fingir que aconteceu, quando nada se passou, quero sentir te assim, sempre igual ao que somos.

Refresca te a cada vez que me queres ver, e a cada vez que precisas respirar o mesmo ar, em que te entro pelas narinas, me instalo no teu cérebro e te deixo ainda mais agitado na perfeição da harmonia que te dou, porque não existe nada que queiras que eu não te dê, menos Eu!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Impulsos… Quase Vencidos.

Deixo me, esquecida sobre os lençóis macios, com o pensamento nas tuas respostas, que sabia, que iriam chegar, mas o cansaço venceu me e contigo na mão, sei que adormeces comigo no pensamento.

Breve foi o sono, e eu novamente no teu pensamento, eu novamente na noite para ti desesperante do medo que deixou o arrependimento na rua, do impulso de me veres, olhares, hipnotizado pela luz que me dá a ti.

Descalço, só metade, descalço, adoramos constantemente as chances de nos pudermos ver e dissecar a cada minuto da escuridão ardida que percorreste só para me tocares, em bicadas, gestos controlados pela raiva do desejo, em rasgos de força reprimida.

As mãos e os dentes semi-cerrados gesticulam o desejo de agressão por repressão, e trilhas caminhos invisíveis por entre as gentes, só para te punires em mais um impulso insolente, em mais um punhado cheio de cabelos na tentativa de um colar profundo.

Mas quem olha, não pode ver e a vergonha de um estado começa a cair, prepara se para um novo estado, bifurcação no pensamento da proposta de ter tudo, com uma consciência absoluta da tua entrega.

É um Medo, é um Frio, é um Desejo, é um Consolidar, é para Andar Tranquilamente no caminho macio do Teu OlhaR e entre pós, fumos, cheiros, devaneios dos outros, foste encaminhado o teu iluminado no sentido Norte clivado com a mente no que Sou.

E de repente, dou por mim a ler letra a letra do que te escrevo e já sem postura, rendida ao cansaço, percebo que teria muito mais para contar se não penalizasse o meu impulso delirante, de um dia te saborear emoldurados pelo mar que areia os pés do desejo.

E assim, só me apetece ficar assim, com as asas fechadas, em espera, de Nós!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Retenção e Tensão… Paralelos Cruzados…

Sinto me em câmara lenta, debilitada pelas horas não dormidas, pela bebida não bebida, pelo não sentir os músculos que te seguraram os passos dados em frente, pelo fartar de fretes que o sitio esmagado pronunciou, pelo breve adormecer, rapidamente fechado em pequenas palavras de laivos de consciência.

Mas a dança de passos paralelos na calçada acidentada, onde os cheiros fortes e desagradáveis desaparecem à medida que acompanham silenciosamente as palavras feitas, as palavras frontais onde as caneladas não podem existir, onde os palavrões são expulsos e remetidos para o ver das minhas costas.

Um azul petróleo balouçante, que te faziam reter a ansiedade, inquietude, o desejo, a força de me agarrares, o travão da mente escondidas nos goles de verde alucinado, as músicas penetrantes e angustiantes que não ajudavam à sedução, o encontro de joelhos vencido pela exactidão do espaço.

A promessa da paga que é devida e será cumprida, pela honra, pela credibilidade do que defendo, pelo que assumo ser correcto dentro do incorrecto, e desejo o melhor do que se pode fazer, do que se pode melhorar, do que se pode ser de diferente e não talhado a mais um comum dos seres.

A diferença, faz se na intenção constante de aprender, de corrigir, de evoluir e copiar o que de melhor se cruzar no nosso caminho, olhar mais que 160 segundos no fundo dos teus olhos e perceberes que vives no fundo dos meus que te levam a beleza que sou sentada à tua frente.

Iluminada pela luz fresca e natural da continuação da noite, reflicto o meu verde de forma estranha, onde cresce o teu medo de mim, camuflados, os nervos, continuaram como a procura feita por ti, de mim mas não podes desistir do que tens para evoluir, do que tens para sentir, e sim, talvez seja eu covarde que não te devore agora, enquanto és meu!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Largar e Segurar…

Abraça me com o teu espírito aberto, corta me a rédeas do correcto, emulsiona me no mais preciso momento de devoração, adormece me com um carinho recortado pelo mais que me queres, pelo desejo de me fazeres florir, retida na água da tua pele, na saliva que te seca no corpo envolvido em perturbação.

Rodeia me, ansioso, empolgado pelas vontades esquecidas da vida que se cruza à frente dos olhos fechados, atentos, pensamento desperto, a desenrugar com a tremura do que se sente, do medo de não conseguir quebrar as regras, imposto por quem desconhece a altivez do que fica registado na mais fina e delicada camada da epiderme da memória.

Vejo o desespero que tens em te digitalizares em mim, envolvente secreta, sem códigos como uma armadilha desarmada que a rebentação se faz apenas e só por me olhares, distante e tão perto, retido e extravasado, indiferente ao meu lado, incontrolável nas palavras que os dedos não seguram na mente.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Rejeitar mas não Privar…

Entrei na casca de noz, abri as pétalas de sentir para receber o cheiro do vento que me leva de certo aos sabores que tenho que saborear, ao frio que me despe o corpo e me faz olhar para ti, bate me a maresia, e o desejo de me lavar em água e sal frescos, no verde-escuro e limpo, onde não te quero lançar para fora das minhas vontades.

Aos meus corais, abro as pratas do meu mar, complexo das verdades que assumo, não podem ser perturbados, nem cansados apenas acariciados pela doçura desesperada dos teus olhos e pelo que o magnetismo transita para o enigmático que te faz mergulhar profundamente nas minhas marés.

Rejeito os teus beijos, as tuas vontades, os teus impulsos, mas não me esqueço onde os deixei, não me esqueço de ser inteligente, e quando eu mandar no meu impulso, e quando as minhas tréguas se abrirem, irei buscar tudo o que me desejas dar, tudo o que anseias viver permanentemente.

O tempo, o tempo cansa me quando tenho tempo para ter tempo, não quero ter tempo, não preciso de tempo quando o tempo não te têm e não te traz a mim, consciente, baralhado dentro da tua adoração, dentro do brilhos que as esferas carregam, quando tudo se fecha para regressar na postura seguinte.

Quebras, quebras para encontrar de novo o caminho para a sedução nas palavras, quando a presença não é assim tão relevante, quando a evolução se mexe por entre as frases, por entre as provocações, por entre as músicas recolhidas que nos embalam os pensamentos criativos de dobrar este cabo, que não têm tormentas apenas mergulhos sóbrios!

E assim vou fazendo todas as vontades a que me proponho e emulsiono te com a minha saliva a cada beijo rejeitado que me torna cada vez mais asperamente macia!