quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Parar na Curva...

Não sei se baixei os braços, pois já não os sinto, sinto apenas a certeza de que não posso caminhar mais, em esforço, de mãos fechadas para mim, de peito aberto para todos, sinto que parei, parei uma máquina infernal, que essa já não faz parte da minha vida.

Foram curvas fechadas, de olhos fechados, de medos cerrados e arrecadados de almas esquisitas, de desejo de fugir de soltar um grito mas mesmo assim ainda te sinto aqui, com o pensamento em mim, como se eu ainda fosse daí, quando já me fui embora há tantos ventos e marés, há tantos raios de sol e luares plenos.

O meu cansaço é infinito, é demasiado para continuar a pensar que consigo apenas eu, mas não é justo trazer mais alguém para me ajudar a carregar algo tão pesado, será assim na solidão até que o chicote mais pesado do mundo, desça e mate o que me mata a mim, todos os dias, o que não me dá paz, não me dá sossego.   

Apenas quero chegar aos teus braços, e dormir em harmonia, em segurança, em perfeito aconchego, apenas quero descansar…  

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Viver... Aí!

O meu coração não regressou ainda ao meu peito, voa ainda por onde quer, recebe o bom das estrelas, os sonhos de quem dorme descansado nos ombros dos Deuses mais improváveis, sem sentirem a ânsia de ter ou querer.

Quando o meu coração regressar ao meu peito, vou lhe contar todas as minhas aventuras, todos os meus anseios, todos os meus sonhos e vontades, falarei de todos os caminhos verdes que tenho percorrido até agora, verdes escuros, verdes opacos.

Se o meu coração encontrar a rota certa até ao meu peito, ficarei certa, foram estes caminhos verdes de madeira aberta, de ramos fortes, de cor cerrada, de um beijo só, de um obrigado único, de um lugar à minha porta, só para ser olhado!  

Foi no campo que encontrei, no meio de um campo sem fim, sem muitas conversas, sem muitas palavras, sem muito sentir, e depois quantos caminhos fora destes caminhos percorreremos juntos, quantos povos nos irão encontrar, quantas vidas se ajudará…


É segredo, mas o meu coração pediu para te dizer que está a regressar ao teu peito, pois arrancaste o teu para me dares a mim, a mim, que não tinha coração há tanto tempo, a mim que te escolhi para me fazes sentir o coração outra vez.

O meu coração só podia viver aí!