quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que acontece…

São os sons vazios do teu Existir que me provam o sono|
Que se queixam em sussurros gritantes que me marcam|
Saliva ardente, corpo frio de toques arrancados do sol|
E se te beijasse assim, com a força da vontade de querer|  
Abriria os olhos para esta luz que me segue e aquece|

Neste canto de fogo que me alimenta e me esquece|
Do que sou, do que serei, do que os teus olhos sejam|
Do que eles irão encontrar de tudo o que me tornei|
Como um mar de melhor, vestido de sol e nuvens|
Com requinte e luxo de uma alma sentida, tatuada|

Entre o calibre dos pensamentos e dos sonhos, apenas|
Sei que as tuas palavras vão vencer os dias e as noites|
Atravessar serras perdidas e caminhos abertos de dores|
Palmilhar e pestanejar os buracos feitos pelas lágrimas|
Consciência, um mal para tantos, o recomeço para poucos|  

Mas é na partilha que nasce o trilho certo, o andar de novo|
Amor, esse? - Sei, bem de quem se trata, quem me trata bem|
É de pele, é de medo, alucinante, provocante mas muito real|
Basta lavar o desejo com a certeza de se querer muito mais|
Fechar os olhos, largar as cordas, desarmar e deixar navegar| 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Descansando...


Fechada num cofre de mãos abertas, vendados os sonhos e os gestos mas para onde se caminha assim?!
Bebo luz, muita luz, luz plena, luz aberta de sede e paz, não sei mais o que é cansaço, não sei mais o que é esforço…
Mas sei para onde me deixo levar, e para onde me desejam ter, sei… sei, consciente dos que me querem bem.
Não sei se me devo encontrar com o mais puro, com o que me possa dar respostas, com algo que ninguém suporta nas mãos de um Futuro.

É na pele que se esfria que mais me desejo ter de novo, quente, é no mundo sozinho que mais quero ter gente.
A certeza do passar dos dias que me escondo e me esqueço que sou capaz, é na verdade dos confrontos me desenrolo.
Para quê, quando o que faço não é suficiente, quando o que tenho de ideias, ninguém as vê, como e para quê?
Arde me os olhos daquilo que quero depressa e que o Universo guarda de mim ao longe, ainda não é para mim.

Mas a suavidade faz me vénias e o cheiro a mel abraça me, e eu deixo me ficar entre filmes e imagens, entre mim mesma.
Onde o calor apenas me chega aos pés e a vontade de vencer me chega ao fim dos meus fios, aos fins dos meus sonhos.
Dormir, resta me dormir para me acordar dentro de uma manhã de vitórias e de dia de caminho feito de orgulho simples.
No fim, de qualquer palavra, fica apenas a certeza de que tenho que continuar acreditar, tenho de apenas de acreditar!

sábado, 5 de maio de 2012

Pé ante Pé…

Flutuando, sobre melodias abertas de caminhos, de perto, nem longe da verdade e da vontade de andar e voar por entre limites e crenças, onde o sol que me ilumina o rosto e me venda os olhos, que lhe faz mudar a cor e lhe aumenta o brilho e o carisma!

Mas é chuva que caí e é sobre ela que me dispo de todas as intempéries, de todos os soluços e de todas as dores, essas que já não sei do que são, e apenas com um véu me encaminho para as águas quentes que me recebem docemente e me embalam o corpo…

Deixo me, mergulhar e levar levemente como se estivesse adormecida nos braços desse teu amor, desse embrulhar de sentir, desse sentir sem pensar, desse apaixonar tranquilo, desse sussurrar malicioso que me faz sonhar…

Comprar te palavras seria inútil, apenas tens para me dar, palavras que me escalam o corpo e me embebedam os lábios, se fecham em mim e me adoçam a pele, vestem me o coração e trazem a certeza de um caminho certo!

sábado, 7 de abril de 2012

O Que É Puramente…

São portas e milhões de portas que se abrem que se escondem, que de tantas flores me posso deitar em tranquilidade nas pétalas que me perfumam e acariciam, são sumos, cheiros, medos de que a verdade de um mundo do qual não faço parte me encontre e perceba que estou por estar, estou a sobreviver, estou a respirar a cada minuto, a cada segundo, estou a escapar!

Balanço entre os galopes dos caminhos, entre os pedais que empurro, entre a certeza que conheço o meu destino, entre as palavras que me são familiares, entre os teus dedos nos meus traços finos, entre o que vou fazer e construir, entre os sonhos que fundam o meu desejo, entre a força e a consciência de que vou conseguir.

E o Universo, Poderoso que me dá tanto de presente, que me mima, que me sacode e alerta, que me faz caminhar no sentido certo, Este Imenso que não se descuida de mim, que não me deixa perder nunca, que me agarra no colo e me beija, que me abraça sem me deixar cansar e me prepara para o melhor que tem para me dar!

Ressalvo o meu corpo que a cada dia se manifesta mais inteiro, mais perfeito, este corpo que carrega a minha Alma que tem dias que se pode beber e matar a sede de forma pura, este Espírito que só encontra espíritos bons e que torna a leveza da caminhada fascinante e mágica, esta mistura e composta que se torna em Mim, em Ti e Sempre Em Nós!   

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Jaula

Se a magia pousasse na ponta dos meus dedos, poderia dizer que fazia desaparecer tudo o que me deixa triste, sem luz, apagaria tudo o que grita ao meu redor, apagaria este lugar do mapa da minha existência, e acabava com a possibilidade de alguém se lembrar dele alguma vez que fosse.
Rasgava os loucos em milhares de pedaços de papel esgueirado em sangue, vencia com as lágrimas a saudade que tenho do sossego e caminhava com orgulho de ter terminado com a estúpida existência da estupidez que embora não seja contagioso, é esgotante, e da qual, tanto me tento esquivar.

Tocava levemente em mim, acordava me para um Mundo que me espera, ansioso de que a minha coragem cresça, para que as minhas amarras de vento e as minhas raízes de água se movam em direcção aos céus, e sem nunca olhar para trás, jurar que não voltarei mais aqui.

Nesse instante serei magia por inteiro, por completo, sentirei a Alma a transportar o Corpo para um Paraíso de Perfeição, de Silêncio, de inicio de vida, da vida que me quer, me chama todos os dias, a todos os momentos da minha existência perfurada de certezas absolutas, calibrada de realização e sucesso debruçado sobre os meus muros de amor.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Espaço = Sem Limite

Abri as asas mas antes, deslumbrei me em nuances abertas dos desejos e dos sonhos que vou ver realizados, ao pentear as minhas penas, penas libertas e repletas de espaço onde a felicidade de desdobra e vence me o coração em saltos gigantes, onde me deita numa paz esquecida mas quente, onde as lágrimas já não chegam mais.
Olhei o céu, o mesmo que te trouxe até mim, o mesmo que me leva para onde eu quero e preciso, abraçar te, ver te a meus pés, preciso de passar para o outro lado, mesmo que seja dentro de um amarrar de cordas ásperas, soltas e presas por um segundo de uma lente aberta mas distante.

De penas brilhantes, de chapéu aveludado, as luvas não fazem sentido porque as minhas asas já estão prontas, os ventos receosos por me receber, o sol desperto e atento à velocidade da minha determinação, resta me caminhar cada vez mais depressa neste campo de espaço ondulado pelas memórias da vida que me espera.

Rasgo a terra que me segura os pés para que num segundo, num instante, as minhas vozes se ouçam bem lá no alto, para que o meu instinto cresça em virtude, em ardor, em desejo impaciente pelo espaço, que dentro da liberdade se instalou, onde mora, de onde já não deixará de habitar fazendo ganhar a todo o momento a Felicidade.

A sede não passará, o espaço será sempre maior, a liberdade cada vez mais presente, forte, corajosa e atrevida, a Felicidade, essa precisa apenas de Mim!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Deixa...

Deixa o vento soltar as pontas que me prendem a um desejo absoluto de voar para longe daqui, deixa me olhar para o caminho que está à minha espera e deixa me ficar cansada de tanto andar sabendo que vou chegar onde quero estar.

Solta me o cabelo para que me possas seguir até ao fim do mundo, até para lá do horizonte, onde apenas quando tentares juntar o meu rosto ao teu, percebas que só assim faz sentido.

Sim, estão mais belos que nunca, porque cuidas de mim, e quando os enxugas, com a profunda delicadeza dos teus dedos, já antes os bebeste, já antes os enfeitiçaste, e o brilho é com a prata em reflexos da água onde nos banhas.

Ouço aromas em montanha, vejo o ar em euforia, cheiro melodias apertadas ao espírito, aconchegadas à alma, traga no paladar o sabor dos sentimentos e tacteio a invisibilidade do amanhã por entre os teus olhos atentos à raiz da minha pele.

Uma quase paz que tenho nos teus braços, é quase um nascer de novo, renascer aberto às loucuras que somos em comum, aqui não espero mais nada, aqui sei que terei tudo o que sempre me tens dado, aqui contigo sou um oceano de plenitude e alegria!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

jÁ éS mEU!

Hoje sinto que entrei num caminho de conforto, num momento longo de poder e de ter, não consigo ainda descortinar o que se segue mas os paralelos, de forma ilusória encontram se sempre num infinito definido pela entrega da certeza, pela grandeza de espírito, pela loucura rendida ao desejo temperado com essência pura de sentir.

É uma atracção rendida ao dever de estar e retocar, de equilibrar e limpar, de dormir e descansar sobre a cristalinidade do sentir, do viver, do imaginar a química isenta de dor, a pele aberta pelo verde absoluto dos teus olhos, do cansaço de continuar e da vontade de ficar, rompe me a inquietude pelo néctar bebido…

Vivo sonhos, que mais poderei eu pedir, vivo verdades, vivo certezas, vivo o que sempre quis e quero, vivo o momento exacto onde estou e com quem estou, vivo integridade, vivo mares e marés, maresias apimentadas e areias aguçando o ter te nos braços, a preto e branco, encosto o corpo à velocidade de voltar para ti…

E sem perfeição, sem beleza, sem magreza, sem nada do que quase todos tomam como um remédio para alcançar uma beleza superficial, que o tempo não esconde, mesmo assim, vou ao teu lado, caminhos e mais caminhos, apenas de mão dada com a elegância e a essência dos princípios que me governam e me protegem da covardia, mesmo assim e sem duvidares da minha verdade por ti, desejas ser Meu, quando já o És!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Parar na Curva...

Não sei se baixei os braços, pois já não os sinto, sinto apenas a certeza de que não posso caminhar mais, em esforço, de mãos fechadas para mim, de peito aberto para todos, sinto que parei, parei uma máquina infernal, que essa já não faz parte da minha vida.

Foram curvas fechadas, de olhos fechados, de medos cerrados e arrecadados de almas esquisitas, de desejo de fugir de soltar um grito mas mesmo assim ainda te sinto aqui, com o pensamento em mim, como se eu ainda fosse daí, quando já me fui embora há tantos ventos e marés, há tantos raios de sol e luares plenos.

O meu cansaço é infinito, é demasiado para continuar a pensar que consigo apenas eu, mas não é justo trazer mais alguém para me ajudar a carregar algo tão pesado, será assim na solidão até que o chicote mais pesado do mundo, desça e mate o que me mata a mim, todos os dias, o que não me dá paz, não me dá sossego.   

Apenas quero chegar aos teus braços, e dormir em harmonia, em segurança, em perfeito aconchego, apenas quero descansar…