Se te atirasse um punhado de lama, se te apanhasse logo a seguir, bastava tocar te para ficares limpo, bastava seguir te para te sentires seguro, bastava olhares para trás e perceberes que ainda aqui estou, segura de mim.
Se em algum momento me sentasse para atar o atacador dos passos que dou sempre certos, e se em algum instante me esquecesse que apenas estou em caminho aberto para uma vida plena, sem lamas, sem medo, sem lamas.
Não me roubes, não me mintas, não te enganes a ti mesmo, desesperas sem sentido, sem rumo, e rodas no meio de um ciclo que de nada é vicioso, que constantemente se apaga e se apara como inicio do retorno.
No meio de melodias fortes, marcantes, recheadas de força e sem limites no horizonte de marcos naturais verticais, numa ondular perfeito, embalado pelo calor que me aconchega os pés, faz me estar cada dia mais perto do que é meu.
Sei que precisas apenas de um dedal de mim, sei que em reflexo do que fazes, está a consciência exaltada do que queres que veja, devo dizer te a tua verdade, ensinar te que apenas vejo o contrário daquilo que me queres mostrar.
Os destroços já os limpei todos, a lama já não sei o que é no entanto sinto te ainda em pensamento, em alteração física e mental, em cobro de sonhos e verdades, e numa realidade à parte, de onde não saís do mesmo sitio.