quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Descansando...


Fechada num cofre de mãos abertas, vendados os sonhos e os gestos mas para onde se caminha assim?!
Bebo luz, muita luz, luz plena, luz aberta de sede e paz, não sei mais o que é cansaço, não sei mais o que é esforço…
Mas sei para onde me deixo levar, e para onde me desejam ter, sei… sei, consciente dos que me querem bem.
Não sei se me devo encontrar com o mais puro, com o que me possa dar respostas, com algo que ninguém suporta nas mãos de um Futuro.

É na pele que se esfria que mais me desejo ter de novo, quente, é no mundo sozinho que mais quero ter gente.
A certeza do passar dos dias que me escondo e me esqueço que sou capaz, é na verdade dos confrontos me desenrolo.
Para quê, quando o que faço não é suficiente, quando o que tenho de ideias, ninguém as vê, como e para quê?
Arde me os olhos daquilo que quero depressa e que o Universo guarda de mim ao longe, ainda não é para mim.

Mas a suavidade faz me vénias e o cheiro a mel abraça me, e eu deixo me ficar entre filmes e imagens, entre mim mesma.
Onde o calor apenas me chega aos pés e a vontade de vencer me chega ao fim dos meus fios, aos fins dos meus sonhos.
Dormir, resta me dormir para me acordar dentro de uma manhã de vitórias e de dia de caminho feito de orgulho simples.
No fim, de qualquer palavra, fica apenas a certeza de que tenho que continuar acreditar, tenho de apenas de acreditar!

sábado, 5 de maio de 2012

Pé ante Pé…

Flutuando, sobre melodias abertas de caminhos, de perto, nem longe da verdade e da vontade de andar e voar por entre limites e crenças, onde o sol que me ilumina o rosto e me venda os olhos, que lhe faz mudar a cor e lhe aumenta o brilho e o carisma!

Mas é chuva que caí e é sobre ela que me dispo de todas as intempéries, de todos os soluços e de todas as dores, essas que já não sei do que são, e apenas com um véu me encaminho para as águas quentes que me recebem docemente e me embalam o corpo…

Deixo me, mergulhar e levar levemente como se estivesse adormecida nos braços desse teu amor, desse embrulhar de sentir, desse sentir sem pensar, desse apaixonar tranquilo, desse sussurrar malicioso que me faz sonhar…

Comprar te palavras seria inútil, apenas tens para me dar, palavras que me escalam o corpo e me embebedam os lábios, se fecham em mim e me adoçam a pele, vestem me o coração e trazem a certeza de um caminho certo!

sábado, 7 de abril de 2012

O Que É Puramente…

São portas e milhões de portas que se abrem que se escondem, que de tantas flores me posso deitar em tranquilidade nas pétalas que me perfumam e acariciam, são sumos, cheiros, medos de que a verdade de um mundo do qual não faço parte me encontre e perceba que estou por estar, estou a sobreviver, estou a respirar a cada minuto, a cada segundo, estou a escapar!

Balanço entre os galopes dos caminhos, entre os pedais que empurro, entre a certeza que conheço o meu destino, entre as palavras que me são familiares, entre os teus dedos nos meus traços finos, entre o que vou fazer e construir, entre os sonhos que fundam o meu desejo, entre a força e a consciência de que vou conseguir.

E o Universo, Poderoso que me dá tanto de presente, que me mima, que me sacode e alerta, que me faz caminhar no sentido certo, Este Imenso que não se descuida de mim, que não me deixa perder nunca, que me agarra no colo e me beija, que me abraça sem me deixar cansar e me prepara para o melhor que tem para me dar!

Ressalvo o meu corpo que a cada dia se manifesta mais inteiro, mais perfeito, este corpo que carrega a minha Alma que tem dias que se pode beber e matar a sede de forma pura, este Espírito que só encontra espíritos bons e que torna a leveza da caminhada fascinante e mágica, esta mistura e composta que se torna em Mim, em Ti e Sempre Em Nós!