sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Presença!

Sobre o cunho da justiça que o tempo carrega, tudo se move para longe embora a dor seja o que une um trio desalinhado, entre paisagens exóticos e lágrimas, sobre um mar atravessado para esquecer, surge a insistência da covardia partilhada noutros momentos, mesmo assim o coração palpita e reserva lugar para a imagem de quem se julga gostar, para que se abram outras esperanças.

Nas profundezas do que não é são, corre a podridão dos pensamentos que fazem tudo andar para trás, que faz traçar a carga para todos aqueles que ajudaram a magoar, a destruir, a esmagar, mas apenas arranharam uma carapaça precisa, belíssima, exemplar que tem o poder de se regenerar ainda mais bela e sobre tudo ainda mais valorizada aos olhos daquele que nunca se esquece para onde caminhar.

Entre a realidade imposta aos olhos daqueles que pressionam, surge alguém que vêm fazer um papel, um marcador de justiça para todos, até para si próprio, alguém que ignora os exemplares mandados e o que ainda perdura do rasto deixado de uma covardia absoluta que se prende apenas por um Ser sem precedentes, sem igual, sem qualquer dúvida de que é Amada de forma Brilhante e enaltecida.

Quem se arrasta pelo que não fez, pelo que sente profundamente na consciência plena de que nada te travará a não ser o trazes no peito, e sempre trarás, que escolheste o caminho mais fácil para não seres melhor, diferente, porque é sempre mais seguro ser igual aos demais, ser só mais um, e quando não se luta pela diferença, perdesse o significado para quem é relevante, imponente, divino.

Antes e sem consciência do que a dor de ser covarde pode alcançar, achava que tudo era destrutivo agora sem qualquer dúvida do que se passa, vejo que em cada segundo que passa, em cada escolha, em cada cena falsa de uma vida sem muito significado, ouço todos os dias, o quanto sofres misturado por esse amor enorme, gigantesco, sem igual que trazes sempre contigo.

Chego a ver tal dimensão e as loucuras que se fazem para se continuar em frente mas sempre andando para trás, isto tudo porque se sabe que o amor verdadeiro nunca morre e que a luta apenas se trava para brindar num futuro melhor onde todos os passeios da vida ficam rampeados para se superar com êxito.

Sucesso, o único, a Felicidade junto a ti, que cruzas os céus e moves mares para estares a meu lado!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Chorar é Segredo!

Se a loucura me levou a ti, se em cada perda, se em cada falta de resposta me acorrentei ao que não devia, e se a vida ousou em instantes perder o rumo, se as palavras o disseram mas nunca o fizeram, se alguma vez me perdi, foi porque não foram para mim, o que sempre fui, sem fim.
Se me sequestrei sem dó à dor sentida, das lágrimas lambidas, da felicidade vivida em paralelo mas que me inflamava, que me fazia arder de desgosto, que me rasgava em papalelos de sangue, de esperança, de tantas faltas de ar, de tanto anseio, por um fio, apenas um fio do que não existia.
Se os pensamentos que deixei voar, se orar não me bastou, se os joelhos que tantas vezes sentiram o frio de uma vida prometida, se o corpo cedeu de tantos golpes, se o sonho acordado me fez ver vidas felizes, passadas num Passado distante, radiante.
Se durante tanto tempo fiquei parada no mesmo sitio em espera do nada, se nunca a hipótese de converter existiu, se toda a magoa que me lavou a alma, me trouxe até aqui, se sim, se o medo, se a verdade, se a covardia me apedrejou, e me deixou abandonada na sarjeta da culpa.  
Se sim, se a força que a cada passo conquistei, se tudo isto e muito mais me trouxe até ti, se sim, então ainda bem que foi assim.
Porque assim, eu sei respirar cada sorriso, cada palavra, cada gesto, cada suspiro, cada desabafo, cada abraço, cada carinho, cada dar de mãos, cada entrelaçar de dedos, cada olhar, cada sentido, cada parar no passeio para me veres andar, cada vez que descanso sobre o teu coração imenso.
Meu Guardião, meu Deus Protector, escudo sereno, cuida dos meus cabelos embebidos da água com que me lavas o corpo, pela frescura do aconchego que tens sempre e só para nós, pela doçura das tuas mãos, pelo cheiro tranquilo da tua pele, pela loucura que tens por mim.
Se atravessar tanto mal, foi o caminho perfeito para chegar até ti, então sim, não houve mais nada que tivesse valido tanto a pena, do que ter chegado aqui, és o segredo perfeito pela imensidão que já conquistaste do meu território fechado, por tudo o que És de mim, por tudo o que Tens de Nós!
Dás me mais Vida do que aquela que já tinha decidido dar te, voas sobre o nosso Futuro e realizas acrobacias divinas por entre os alicerces do que já Somos, e resta me a mim, agora chorar, chorar muito mas muito mais… De Plena Felicidade e Agradecer te Profundamente!

Construir…

As voltas suaves, redondamente movidas pelas luzes penetrantes na água curva, fomos num instante, por entre risos, e olhos cintilantes, fomos deslumbrantes.

Diz me que não é um sonho, diz me que posso acordar, que ao fazê-lo ainda estou no mesmo sitio, no sorriso terno do teu abraçar.

E debaixo da gola, debaixo do teu cuidado está a pele que me levará ao Altar.

Sei que não estou a vaguear, sei que posso descansar, sei onde é o meu lugar, sei que muito antes de mim, sabias tu, que te pertencia.

E só quando dançamos por baixo do som das estrelas, tocado pela orquestra de um universo paralelo, sei que nunca me irás magoar…

De veras, um sopro, de certo um merecimento, com toda a certeza uma verdade!

Absolutamente um romance que passou a um amor sem dimensão, vivido por personagens únicas, corações especiais, horizontes partilhadas, a vida a iniciar, o desejo a perpetuar, a marca a crescer, a semente a amadurecer, algo a construir.

Abro a minha vida para receber a tua, para juntos sermos um, e daqui sermos muitos!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ainda não…

Cheira me a pedra, cheira me a frio, nos pés sinto a subida até ti!
Olho te nos olhos e vejo, és para mim, um porto, uma chama, uma bênção.
Dou te as mãos em sinal de comunhão e assim acredito que te mereço.
As árvores tranquilas curvam se a nós como Deuses, com um perfume perfeito.

Em momento nenhum te esqueces de mim…
  
És o meu segredo, o meu aroma sem precedente, sem existência, sem presa.
Mergulhados num Mar só nosso, uma lua perfeita para contemplar, não haverá momento igual.
Não haverá sentidos capazes de descortinar, só nossas essências que nos fazem embalar um no outro. 

Em momento nenhum te esqueces de mim…

A mim basta me acreditar que estás aqui porque já me levas nessas asas elegantes, onde me aninho e adormeço. Se acreditas que não existo, deixa me a mim acordar e ver que tu estás mesmo, mesmo aqui ao pé de mim.

Afinal depois de acordada, ainda não acredito que mereço, o tanto, que dás.
Mas no fundo, sei que sim, pois em momento nenhum te esqueces de mim…

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Oficial…

Quando o meu coração gritar, gritará o teu nome, dirá que és meu, dirá que te rendeste sem nunca teres sido colocado entre a espada e a parede.

Enquanto isso, olhas me sem medo, sem perderes um segundo, sem deixares para trás o que desejas para a frente.

Nem acredito que te tenho nas mãos, abertas, livres, nem acredito que chegaste à minha vida como um sopro de liberdade.

Nem consigo sentir os pés na terra de tão eloquente que és para mim, de tanto que és, de tanto que fazes por nós.

Surpresa, atrás de surpresa, envolve, permanência, certezas, pedidos, exclusivos, momento, planeado, ambicionado, alcançado.

Todos os teus poros, me respiram, todos os teus sentidos me validam, pormenor atento, intenso, viajo a teu lado.

Debaixo de um sol terno, os lábios encontram se, debaixo de uma chuva de açúcar, o corpo reconhece o sentido a tomar.

A um passo de oficializar ainda não acredito que te mereço, ainda não consigo sentir a realidade que quando dela tomar, nada vai mudar.

No doce do teu colo, pedes me para te aceitar, marcas me a cara e as mãos com o vinco da eternidade de me Amares, de me contemplares.

Sem ter o que duvidar, aceito ser O Teu… A´MAR…

“Imperadora”

Se em tempos senti que tinha perdido o Mundo, sim perdi mas ganhei o Universo…

Se em tempos não acreditei que a felicidade não existia para mim, sim é verdade porque agora sou contemplação, sou o teu Mundo…

Se em tempos pensei que nada fazia sentido, foi a realidade que a loucura me deixou mas obrigou me a libertar do mal para te ver agora...

Se em tempos pensei que tinha tudo, enganei me porque agora tenho muito mais do que o tudo do pouco que alguém me deu…

Se em tempos vivi o desespero de me ter enganado, sim, vi que realmente foi engano mas mais se engana quem pensa ter enganado…

Se em tempos, lutei pelo o que quis, sem medo do que possam pensar, sim, lutei mas tenho pena que não tenha logo lutado por ti, que tiveste sempre aqui…

Se em tempos o sentimento foi enorme, sim, sei que continua a ser e nunca será para ninguém como continua a ser…

Se em tempos houve entrega, sim, houve e continua a haver numa transparência que poucos conseguem ver …

Se em tempos a distância fazia diferença, sim, fez mas agora nem isso te prende, nem isso te faz esquecer de me teres sempre no pensamento…

Se em tempos achaste ser Rei, sim, foste, mas agora não chegas a servo e em breve serei “Imperadora” de Alguém Maior e no teu peito ficará para sempre cravada a dor e esse Amor Imenso sem Igual...

E se em tempos achaste que seria melhor assim, sim acertaste, porque agora Feliz sou eu, e lamento quem está ai ao lado!

E os tempos virão em que não conseguirás calar o peso do que tentaste matar, e sim, não estarei cá para escutar…

Porque agora Sou Imperatriz do meu Imperador!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Entender…

Foi pedida a mão que se entregou à boca depois de um toque baralhado na mancha serena do braço descansado, e os olhares esses são evitados.

De maior tranquilidade, as palavras aparecem, combinam se os progressos e descobrem se particularidades, revela se o impensável.

Será!? Não sei, não entendo, decido ficar, decido tentar entender, decido conseguir, decido ver te e reter te no lugar mais além.

E sem eu esperar, apareceste, dançaste, embalaste, elevaste os braços e a diversão foi feita na tentativa de aproximação.

O branco embateu no solo, mas não foi jamais deitado ao chão, a água manteve se em ouro de precisão, na sede provocada, pelo esforço trocado de degrau.

Sem olhar sai, sem pensar desci até à porta, não voltei atrás mas voltarei, porque tem que ser, porque me quero deixar olhar assim.

E realmente não entendo, não me entendo, e nem quero entender…

domingo, 10 de outubro de 2010

Voltar à Terra… Não, Voltar a SER!

Vesti um casaco de chuva, calcei umas botas de frio, coloquei um cachecol de sol para nunca deixar arrefecer o meu coração, nem esta minha impressão de rol.
A água abate a terra, a terra que te cobre, as lágrimas essas são minhas mas não as quero de tristeza apenas de alívio que tens agora contigo.
De poucas palavras, as poucas que diziam tanto, as poucas que escolhias cautelosamente, as poucas sempre na hora certa, as poucas que tanto e tão pouco fizeram.
Aguardo te, como uma força, não te quero ver, nem ouvir, apenas sentir que estás por perto, que estás em pleno de tanta atenção sobre o mal que não se controla a ele mesmo.
Dispo as luvas de vento, deixo cair o chapéu de ternura, essa sim sempre presente, em cada beijo, em cada afago, em cada carinho repleto de admiração.
E quase, pela mesma cor de olhar, pelo quase tom de cabelo, por quase não te perceber, nunca estarei quase para te esquecer. Nunca!  

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