terça-feira, 15 de junho de 2010

Tudo…

Relembro me num mundo perfeito de luz e embalo, onde era cuidada com uma pérola, protegida a diamante, relembro me da carícia que me vestia todos os dias e do despertar atencioso e sublime de todos os certos minutos.

Deito me sobre as memórias que se levedam no meu pensamento e não me deixam esquecer de quem és e do que te tornaste, serena, desperta, acredito no dia de amanhã, no que o teu cardíaco regista a todos os instantes.

Sinto te, choro as tuas lágrimas, marco cada momento da tua covardia, e vejo futuramente a tua presença física constante, desesperada por me alcançar, conquistadora, empenhada ainda mais e muito mais do que era antes.

Rendido e arrastado pelas vontades dos outros, fazes tudo para um dia eu me olhar para ti, com a certeza que estiveste sempre a olhar por mim, sou a tua fonte, sou o teu equilíbrio e tudo é feito em prol do que represento, do que sou exclusivamente para ti.

Quanto mais inundado te encontras mais me valorizas, mais te peso, mais sou importante e diferente de tudo, mais relevo tenho nos teus passos, nos teus objectivos, no teu caminho construído com esforço para me orgulhar de ti.

Tudo muda, menos o que sentes por mim, tudo é estranho menos eu em ti, tudo queres mas nada faz sentido sem mim, tudo anda mas tudo pára se não estou, apenas sou o que sempre fui para ti, TUDO!

E TUDO, É MESMO TUDO!!!

3 comentários:

  1. A primeira vez que te conheci curiosamnente no silêncio do teu olhar me pareceste "estrangeira", tal como escreveu Albert Camus, um clássico da literatura contemporanea, no seu livro "O estrangeiro",julgo que nem sempre aceitas as regras do jogo, sentes-te uma estranha, incompreendida nesta sociedade. A razão só tu a saberás...
    Continua que eu no silêncio e porque também por vezes me sinto "estrangeira", fico na expectativa...
    Maria Sá

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  2. “no silêncio de teu olhar”

    Olhar... esse gesto mágico, tradutor de silêncios, que diz tudo sem nada contar.
    Quantas vezes…
    É no silêncio do nosso olhar que nos encontramos.
    É no silêncio de um olhar que desejamos o nada e o tudo, o vazio de nada ter.
    É no silêncio do teu olhar que sofro a tremenda saudade, que me rói por dentro
    É no silêncio do meu olhar que transmito a dor física da falta alucinante de ti.

    Suspiro da Alma

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  3. Nestas palavras entendo o sentir do Amor que fazes com um certo romance…
    Mas hesito entre a ascensão e a queda das tuas palavras…
    Não sei como as interprete…, para além do som de dor dessa Alma ferida.
    Tudo... de bom TT

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