quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Descansando...


Fechada num cofre de mãos abertas, vendados os sonhos e os gestos mas para onde se caminha assim?!
Bebo luz, muita luz, luz plena, luz aberta de sede e paz, não sei mais o que é cansaço, não sei mais o que é esforço…
Mas sei para onde me deixo levar, e para onde me desejam ter, sei… sei, consciente dos que me querem bem.
Não sei se me devo encontrar com o mais puro, com o que me possa dar respostas, com algo que ninguém suporta nas mãos de um Futuro.

É na pele que se esfria que mais me desejo ter de novo, quente, é no mundo sozinho que mais quero ter gente.
A certeza do passar dos dias que me escondo e me esqueço que sou capaz, é na verdade dos confrontos me desenrolo.
Para quê, quando o que faço não é suficiente, quando o que tenho de ideias, ninguém as vê, como e para quê?
Arde me os olhos daquilo que quero depressa e que o Universo guarda de mim ao longe, ainda não é para mim.

Mas a suavidade faz me vénias e o cheiro a mel abraça me, e eu deixo me ficar entre filmes e imagens, entre mim mesma.
Onde o calor apenas me chega aos pés e a vontade de vencer me chega ao fim dos meus fios, aos fins dos meus sonhos.
Dormir, resta me dormir para me acordar dentro de uma manhã de vitórias e de dia de caminho feito de orgulho simples.
No fim, de qualquer palavra, fica apenas a certeza de que tenho que continuar acreditar, tenho de apenas de acreditar!