segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Gente… Tanta Gente!

Estou em estruturação, talvez até em negação, estou em peso de algo que não sei o que é, talvez até nem seja nada meu, tenho como mania sentir o que não vejo e ver o que não sinto, cansa me isto!

Não gosto muito de andar por ai assim, assim como se fosse dormir e não pudesse fechar os olhos, assim como se nos ombros carregasse uma criança feliz mas que não lhe vejo a cara.

Estou ainda em plena intoxicação, tantas cores, tantos sabores, tanta gente que não me diz nada, palavras, tantas palavras interessantes se fosse noutro contexto, tantos olhares vazios, falsos, remexidos, cansados, tristes, apagados, carregados de vidas manhosas, de vidas pouco completas.

Fiquei me pela admiração das ondas estranhas que trago na cabeça, pelo azul petróleo que se balouçava em mim, pelos amigos que encontrei inesperadamente, pelas fotos tiradas por inspiração num momento de profundo desapego e empolgamento.

A noite caiu, a noite densa, fechada, encaminhou me para outros rumos, destino em que me esperavam dentro de um jogo de cartas ensonado, onde o pão ensopado no molho de alho, delicioso, ajudou a terminar o dia em paz.

No entanto trouxe para casa pesos, muitos pesos e estes terão que sair todos hoje, porque realmente não são meus, são de quem os voltará a carregar até ao dia em que decidam que também não deveram carrega-los mais.