sexta-feira, 9 de julho de 2010

Impulsos… Quase Vencidos.

Deixo me, esquecida sobre os lençóis macios, com o pensamento nas tuas respostas, que sabia, que iriam chegar, mas o cansaço venceu me e contigo na mão, sei que adormeces comigo no pensamento.

Breve foi o sono, e eu novamente no teu pensamento, eu novamente na noite para ti desesperante do medo que deixou o arrependimento na rua, do impulso de me veres, olhares, hipnotizado pela luz que me dá a ti.

Descalço, só metade, descalço, adoramos constantemente as chances de nos pudermos ver e dissecar a cada minuto da escuridão ardida que percorreste só para me tocares, em bicadas, gestos controlados pela raiva do desejo, em rasgos de força reprimida.

As mãos e os dentes semi-cerrados gesticulam o desejo de agressão por repressão, e trilhas caminhos invisíveis por entre as gentes, só para te punires em mais um impulso insolente, em mais um punhado cheio de cabelos na tentativa de um colar profundo.

Mas quem olha, não pode ver e a vergonha de um estado começa a cair, prepara se para um novo estado, bifurcação no pensamento da proposta de ter tudo, com uma consciência absoluta da tua entrega.

É um Medo, é um Frio, é um Desejo, é um Consolidar, é para Andar Tranquilamente no caminho macio do Teu OlhaR e entre pós, fumos, cheiros, devaneios dos outros, foste encaminhado o teu iluminado no sentido Norte clivado com a mente no que Sou.

E de repente, dou por mim a ler letra a letra do que te escrevo e já sem postura, rendida ao cansaço, percebo que teria muito mais para contar se não penalizasse o meu impulso delirante, de um dia te saborear emoldurados pelo mar que areia os pés do desejo.

E assim, só me apetece ficar assim, com as asas fechadas, em espera, de Nós!