segunda-feira, 21 de junho de 2010

Deixo-me em Ti e Agradeço.

Sem respostas, sem vénias, sem medos, sem dor, questionei, e deixei me vestir pela única verdade que arremata as opções de se ser e não ser, foi tão vazio, onde a voz já não me faz ansiar nada, onde as palavras são ocas e inúteis, onde nada se avista justo, pelo contrário, já nem me virei de frente, mantive me de costas, fechei as portas e caminhei para outros abraços, para o aconchego do rolar rápido das rodas seguras sobre uma estrada branca que subia e descia, que se retia e desprendia em flashes de luz forte, entre indicações divinas que nos levou ao mar aberto e à música batente no peito, às palavras atentas, aos mundos diferentes e tão iguais.

Espinhosa a memória mas já não é importante, já não me trava o mundo, as verdades ou as incertezas, que passaram a ser certezas, fontes abertas daquilo que não quero mais para mim, já não te quero, já não ouço na tua voz os sons que me cativavam e sim, fui sempre feliz, e sim, fui sempre mais e serei sempre melhor, sim, mereço um exclusivo de corpo e alma, notado pela diferença de ser e agir, que não saiba o que é o medo de amar, o medo de desejar incondicionalmente, o medo de me admirar sem tréguas, o querer desenfreadamente, sem que a mentira passe pela boca, onde dar os 1000000% seja sempre o valor mínimo, onde somos só um!

Deixo assim e aqui o meu profundo agradecimento ao empenho, a tua mão na minha, a tua corda à volta da minha cintura, o banho que me deste às entranhas que a mentira sujou, a dança que me concedeste, o carinho que me despertou e me afaga cuidadosamente, os beijos quentes e frios que me enaltecem o Corpo, o Espírito, a Pele, a Alma, tranquilizam me como uma doce anestesia de flores em campo verdejante onde me confundo com o Céu, onde me deito nas nuvens, e viajo no vento a caminho de tudo o que me queres dar sem pedir nada em troca, sem me impores regras, consciente de que a minha Adoração por ti existe e nada a pode distrair do meu caminho até ti.

Fazes a felicidade parecer mínima ao lado da imensidão que me dás, fazes me sentir que não mereço tanto, tanto mas tanto do que me dás e me queres dar, assim sinto me a navegar num mar de mel límpido, de algodão doce e chocolate quente, nos braços de quem nunca imaginei ser transcendentemente, inimaginável completa, venerada pelos mais sólidos momentos e princípios, guardada como um pedra preciosa dentro de um cofre transparente, translúcido que me deixa sair e entrar quando eu bem entender, sabendo sempre que posso pousar nos teus troncos fortes, expectantes por mim, desejosos dos meus pés quando decido descansar as asas…

Assim como os teus troncos ligados ao corpo forte, enraizado na verdade da terra do teu amor por mim, e que estarão sempre para mim, dentro de um abraço delicioso, estarei eu também inteira, todos os dias para me deitar nos teus braços, me embalar na tua Essência, e dormir protegida dentro de uma Beleza inconfundível, dentro de algo tão genuíno que pensava só existir em mim.