terça-feira, 1 de junho de 2010

Um momento para sempre…

Despi me de mim mesma, como se a pele precisasse sair também, fui queimada, pisada, lambida, rasgada, esquecida para o fundo da memória eterna onde fui o último Ser a quem fizeste feliz.

Testar, apenas seria necessário testar as más pessoas e assim separar as melhores das menos boas mas também para esse passo teria sido preciso um pouco de maturidade, coragem e amor…

Amor que te reina e viverá para sempre em ti, as lágrimas não te largam e a vontade de voltar a trás não te deixará de assombrar mas era a mim que tinhas de defender, era a mim que tinhas que perguntar, era a mim que tinhas que respeitar, era a mim que as tuas palavras tinham de chegar…

E em momento algum tinha que ser perdida e em todos os momentos, tu tinhas a obrigação de me procurar e não achar que também isso, teria que fazer por ti.

Não, agora e para sempre, sejam em que moldes, forem a tua vida, acredita, serás sempre tu que me irás encontrar em todos os lugares, sítios e recantos de ti e da tua infinita memória de mim, em ti, em nós.

E imperfeita que sou, não deixarei, em instante algum que caias no falso alarme de não me olhares profundamente e me veres perfeita como sempre fui e serei para ti.

E assim carrego comigo a certeza inabalável do mais íntimo de ti, e face aos meus medos e aos Deuses que os governam dentro da minha essência, acredito numa só força capaz de mover um coração paralisado e fechado para si mesmo.

A cada dia que me vi em limite de vida, baleada por todo o lado, cansada, longe, fustigada, sangrando cada vez mais e mais, vergada mas não partida pela maldade dos outros e contra a qual tive que lutar permanentemente sozinha, o que me fez maior mal foi teres duvidado e esquecido de quem sou, o que fiz numa constância mais que presente e na altura que deverias ter estado a meu lado, nós fomos perdidos dentro de ti por motivos vãos e que te cortam por dentro a todos os segundos.

Mas erguida, vejo agora de cima, do topo de ti e percebo também a dimensão das tuas feridas, dos rasgos que te foram feitos, pelas palavras e pelos actos que te corroem, e que te leva a não olhar no espelho que já não guarda uma boa e bela imagem.

Apagado, rotineiro, acomodado, esquecido… É o que és sem nós!

Mas a energia em que te devolvo todos os dias, é a maior força que nos gere e compensa, fazendo o equilíbrio constante entre o certo e errado, e é dentro dela que me aconchego todos os tempos que tenho para ti, e será ela que te irá sarar e tornar tudo melhor.

Acredito que tudo é possível dentro de um desejo de Bem intocável e único.

1 comentário:

  1. Este teu sentir camufla uma dor que verte por entre estas tuas palavras ...

    ResponderEliminar