segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Deixa...

Deixa o vento soltar as pontas que me prendem a um desejo absoluto de voar para longe daqui, deixa me olhar para o caminho que está à minha espera e deixa me ficar cansada de tanto andar sabendo que vou chegar onde quero estar.

Solta me o cabelo para que me possas seguir até ao fim do mundo, até para lá do horizonte, onde apenas quando tentares juntar o meu rosto ao teu, percebas que só assim faz sentido.

Sim, estão mais belos que nunca, porque cuidas de mim, e quando os enxugas, com a profunda delicadeza dos teus dedos, já antes os bebeste, já antes os enfeitiçaste, e o brilho é com a prata em reflexos da água onde nos banhas.

Ouço aromas em montanha, vejo o ar em euforia, cheiro melodias apertadas ao espírito, aconchegadas à alma, traga no paladar o sabor dos sentimentos e tacteio a invisibilidade do amanhã por entre os teus olhos atentos à raiz da minha pele.

Uma quase paz que tenho nos teus braços, é quase um nascer de novo, renascer aberto às loucuras que somos em comum, aqui não espero mais nada, aqui sei que terei tudo o que sempre me tens dado, aqui contigo sou um oceano de plenitude e alegria!