terça-feira, 13 de julho de 2010

Não Me Dou...

Hoje deleito na calmaria que os teus passos me trouxeram, no controlo que trazes nos olhos, no medo de perder o que ainda não conquistaste, e quanto mais fundo, quanto mais perto me cheiras, quanto mais sede te mato, enquanto tudo acontece, mais puro vais ficando para mim.

E nas estradas que fazemos cruzar por entre a multidão que não pára de passar, vamos fazendo voar palavras e olhares teimosos de fixar, onde a sinceridade é dura, desperta, rasgada nos assentos separados pela faixa negra picada das pedras soltas, desequilibradas e leves.

Hoje sinto um peso absoluto, excitação ténue de verdade e de liberdade, de mensuráveis anseios que não se percebe onde começam e acabam, até quando, as rédeas do impulso, do ferver do sangue à flor da pele, o calor que aquece a separação do que nunca foi unido.

O abrandar das inquietações, preocupam me, não desejo perder a montanha russa de emoções que disputo contigo todos os dias, não quero perder o enlace das palavras ardentes, do fingir que aconteceu, quando nada se passou, quero sentir te assim, sempre igual ao que somos.

Refresca te a cada vez que me queres ver, e a cada vez que precisas respirar o mesmo ar, em que te entro pelas narinas, me instalo no teu cérebro e te deixo ainda mais agitado na perfeição da harmonia que te dou, porque não existe nada que queiras que eu não te dê, menos Eu!