quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O que acontece…

São os sons vazios do teu Existir que me provam o sono|
Que se queixam em sussurros gritantes que me marcam|
Saliva ardente, corpo frio de toques arrancados do sol|
E se te beijasse assim, com a força da vontade de querer|  
Abriria os olhos para esta luz que me segue e aquece|

Neste canto de fogo que me alimenta e me esquece|
Do que sou, do que serei, do que os teus olhos sejam|
Do que eles irão encontrar de tudo o que me tornei|
Como um mar de melhor, vestido de sol e nuvens|
Com requinte e luxo de uma alma sentida, tatuada|

Entre o calibre dos pensamentos e dos sonhos, apenas|
Sei que as tuas palavras vão vencer os dias e as noites|
Atravessar serras perdidas e caminhos abertos de dores|
Palmilhar e pestanejar os buracos feitos pelas lágrimas|
Consciência, um mal para tantos, o recomeço para poucos|  

Mas é na partilha que nasce o trilho certo, o andar de novo|
Amor, esse? - Sei, bem de quem se trata, quem me trata bem|
É de pele, é de medo, alucinante, provocante mas muito real|
Basta lavar o desejo com a certeza de se querer muito mais|
Fechar os olhos, largar as cordas, desarmar e deixar navegar| 

1 comentário:

  1. "Mas é na partilha que nasce o trilho certo, o andar de novo|"

    Sensacional =)

    Adorei.

    bjocas, auf wiedersehen!

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