Estarei eu tomada pelo egoísmo da mordedura da dor?
Estarei apenas e só com um medo terrível da tal mordedura?
Estarei agora e só depois de todo o mal ter passado por mim, segura do que realmente sinto?
E o que é que sinto, será realmente o que acho que sinto?
Desprendida do que possa ou não vir, apenas não querendo passar por tudo de novo, apenas no caminho da harmonia e bem-estar pleno porque sinto o corpo dorido dos trambolhões que dei durante um ano, um ano exactamente!
Estou impressionada comigo mesma… Começo a admirar me mais do que qualquer pessoa.
Tirando a minha grande amiga, que no seu peito, sem volume e cheio de dor, renasce todos os dias dentro da marca de vida, da própria força, força única e livre de quem acredita que pode mais e consegue sempre ir mais à frente, sim, a minha dor não é nada ao lado da tua, que dentro desse mal que te tomou acabas por brilhar como uma ESTRELA que nos guia e me esbofeteia nos momentos mais profundos em que penso em ti, faço em todos eles uma vénia perfeita e gigantesca ao teu Ser Magnifico que se deslumbra com cada um de nós porque tu sabes o verdadeiro valor de cada fio de vida.
A Ti, Ser Maior e Imperfeito que te revelas a Morder a dor que te morde todos os dias!
Questionar é BOM !
ResponderEliminarAcorda os pensamentos e levanta os sentimentos ....
Força a quem morde a dor que lhe morde todos os dias. E força a quem, apanhados os pedaços restantes de uma batalha longa, se depara com o medo de ser de novo mordido. (Quase) Tudo é ultrapassado com a força da vontade!
ResponderEliminar"Esta palavra esperança, com maiúscula ou sem ela, o melhor é riscá-la do nosso vocabulário. Só os exilados e os desterrados que se conformaram com o desterro e o exílio a devem usar, à falta de melhor. Dá-lhes consolo e alívio. Os não conformados têm outra palavra mais enérgica: vontade." in Deste Mundo e do Outro, José Saramago, Editorial Caminho, 7.ª ed., P. 153